Por Lorena Souza
Marcela Prest, candidata a prefeita de Feira de Santana pelo
Psol, tem 33 anos, é mãe, militante feminista e doula (mulheres que apoiam
outra mulheres e pessoas que gestam, no período antes, durante e após o parto).
Ela já esteve na presidência municipal do Psol, além disto, conta que está
construído em Feira uma rede de mulheres que apoiam outras mulheres em situação
de violência doméstica.
Em entrevista do jornalista Reginaldo Júnior, na Rádio Geral,
a candidata afirma que tanto ela quanto o seu vice, Phil Bala, estão preparados
para governar Feira, pois será uma gestão que terá a participação da população.
Nos primeiros dias de uma possível mandato, ela conta que pretende revogar o
decreto que retirou os ambulantes do centro da cidade, pagar os salários
cortados dos professores municipais e convocar os eleitos no concurso público
para a saúde de 2012.
Dentro do programa de mobilidade urbana de seu governo,
pretende investigar as contas das empresas que administram o setor na cidade,
ampliar a frota de ônibus, redesenhar as linhas, além de propor tarifa zero.
Rever o processo licitatório do BRT e investir em vias que permitam a
mobilidade não-motorizada da população.
Marcela reafirma que tem um grande compromisso no
enfrentamento a violência doméstica contra a mulher. A luta contra a violência
obstétrica também é um de suas bandeiras, além da criação de uma secretaria de
Políticas para as Mulheres. Na segurança público, ela propõe a reformulação da
Guarda Municipal para que esta atue como uma segurança comunitária e “dialogue
com a população”.
O esporte deve ganhar uma pasta desmembrada da cultura,
garantindo mais espaços de lazer para as crianças, com revitalização das praças
e lagoas para incluir também os idosos, “tendo assim, a atividade física como
direito”. Na cultura por sua vez, deve haver uma reestruturação do Conselho
Municipal de Cultura.
Para a saúde, a candidata propõe a construção da casa de
parto normal para atender mulheres gestantes e pessoas que gestam, de baixo
risco, “desafogando os leitos do Hospital da Mulher”.
Até o final do mandato, ampliar em 100% a garantia da
atenção básica do sistema único de saúde do município, construção do hospital
municipal, além de revisão dos contratos com as cooperativas de saúde, maior
investimento na média complexidade e informatização total do acesso da lista de
atendimento.
No programa do Psol, o número de escolas deve ser ampliado
na zona rural para que os estudantes não precisem se deslocar para sede. “A escola tem um papel social a cumprir, e
esse papel tem a ver com a comunidade que esses estudantes estão inseridos”,
finaliza.
Confira a entrevista completa